Review: Street Fighter III 3rd Strike. Online Edition é mera espanada na poeira?

17:58 emarinho12 0 Comments

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Ryu transforma Ken em esqueleto
Apesar da onda de remakes e ressurreições que o mercado de games enfrenta, parece um despropósito tirar a poeira de um jogo de mais de 10 anos para colocá-lo novamente em voga diante de jogadores que hoje dividem seu tempo precioso entre os favoritíssimos "Super Street Fighter 4", "Marvel vs. Capcom 3" e "Mortal Kombat". Porém, se olharmos mais de perto, veremos que a jogada da Capcom não é apenas um tiro no escuro, que "Street Fighter III: 3rd Strike" não é apenas mais um jogo, e que o trabalho da Capcom em trazer o game de volta não foi uma mera espanada na poeira.
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Parabéns, Hugo!

Intitulada “Online Edition”, esta versão consegue o feito de superar a cultuada e ainda atual versão original de "3rd Strike", colocando o game no mesmo patamar dos super hits citados acima. Para começar, cada detalhe do visual estilizado do game foi retrabalhado. Menus, telas, personagens e cenários ganharam uma pincelada especial de atenção, com artes novas e mais modernas. Os gráficos em si também não perdem a pose e o jogo, visualmente lindo, pode ser apreciado tranquilamente mesmo nas TVs mais atuais através de filtros e modos diversos de exibição de tela, exatamente ao gosto do freguês.

Com vozes e efeitos sonoros bastante marcantes, "3rd Strike" ganha em personalidade, seja no momento em que Ryu desfere seu Hadouken, seja na voz provocativa do narrador entre os rounds. A música, um dos pontos fracos da versão original, que outrora parecia brega e deslocada, torna-se inspirada graças à batida eletrônica e descolada de Simon Viklund, famoso por seu trabalho em "Bionic Comando: Rearmed".

A Capcom também não descuidou da comunidade de fãs e o sólido gameplay está intacto, aliás, melhorado, exatamente pelo fator online -- tão requisitado pelos fãs. E é exatamente em razão desta qualidade que esta versão ganha a alcunha de "Online Edition". A principal mudança deste para outros jogos de luta? A utilização do GGPO, um recurso que fornece maior estabilidade e equilíbrio entre conexões de internet. Dessa forma, duas pessoas com conexões diferentes podem apreciar as partidas como se estivessem jogando lado a lado no mesmo console. A tecnologia, claro, não é milagrosa, e alguns sacrifícios ocorrem na parte gráfica -- nada que incomode a diversão.

O sistema de luta é bastante familiar caso você conheça a série "Street Fighter", mas a mecânica atrai jogadores avançados graças ao sistema de Parry, aquele mesmo recurso popularizado por Daigo Umehara anos atrás na final do campeonato EVO. Isso porém, não intimida novos aventureiros, pois um modo de trials caprichado dá conta de mostrar aos iniciantes que é possível – com muito treino -- bater de frente com outros viciados. 
  Histórico momento em que Daigo vence Justin Wong na EVO 2004
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Akuma
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Arte com vários personagens, Chun-Li em destaque
O jogo se torna ainda mais completo com modos de torneio, partidas rankeadas, possibilidade de salvar replays de suas lutas e até, acredite, mandar tudo direto para o Youtube através de seu videogame. Apostando alto em um sucesso já consagrado, a Capcom sabe que o retorno é certo, mas a fama de "Street Fighter III: 3rd Strike" não foi conquistada à toa e as melhorias significativas valem a compra tanto para os saudosistas quanto para aqueles que querem mergulhar de cabeça na elite dos fighting games.


                                      

Plataformas: PS3 e X360Divulgação
Produção: Capcom
Desenvolvimento: Capcom
Gênero: Luta
Jogadores: 1-2
Lançamento: 23/08/11 (PS3) e 24/08/11 (Xbox360)

Gráficos: 9.0
Som: 8.5
Jogabilidade: 9.5
Diversão: 9.5
Replay: 10.0
Nota Final: 9.5

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