Louis Jacques Mandé Daguerre
...pintor, cenógrafo, fÃsico e inventor francês... |
Louis Jacques Mandé Daguerre (Cormeilles-en-Parisi, Val-d'Oise, 18 de novembro de 1787 — Bry-sur-Marne, 10 de julho de 1851) foi um pintor, cenógrafo, fÃsico e inventor francês, tendo sido o autor da primeira patente para um processo fotográfico (1835 - o daguerreótipo).
Na sequência da sua parceria com Joseph Nicéphore Niépce
(selada em contracto assinado a 14 de Dezembro de 1829), Daguerre
herdou a invenção e os conhecimentos adquiridos por Niépce o que lhe
permitiu "adicionar uma nova variação da camera obscura. Cada um
trabalhou de forma independente mas por diferentes vias. Niépce
procurava teimosamente resolver o seu processo com betume da judeia ao
passo que Daguerre procurava modificar o processo e os materiais usados a
fim de reduzir o tempo de exposição que ainda se mantinha em cerca de
uma hora. A imagem formada na chapa, depois de revelada, continuava
sensÃvel à luz do dia e padecia de curta durabilidade; Daguerre
solucionou este último problema ao descobrir que, mergulhando as chapas
reveladas numa solução aquecida de sal de cozinha, este tinha um poder
fixador, obtendo assim uma imagem inalterável. O Artista Lemaître
escreveu a Niépce sobre Daguerre: "Acredito que ele possui uma
inteligência rara em tudo o que envolva máquinas e o efeito da luz".
A parceria de Daguerre com Niépce levou ao uso de placas revestidas a
prata (cujo primeiro uso tem de ser creditado a Niépce) quando, na
sequência de numerosas experiências, um novo quimico foi introduzido e
que se provou decisivo para o método de Daguerre - iodo.
A fotografia não foi inventada apenas por uma pessoas. Ao invés
disso, foi o resultado de favoráveis condições económicas, polÃticas e
sociais bem como critérios cientÃficos, observações afortunadas e
intuição de algumas mentes inteligentes. Durante um perÃodo de dois anos
(1839 - 1840) a fotografia deu passos decisivos através do trabalho de
estudiosos como Fox Talbot (inventor do Calótipo) ou Hercule Florence
(cidadão francês exilado no Brasil) cujos estudos e descobertas tiveram
lugar na mesma altura que os estudos de Daguerre e Niépce.
Daguerre tinha problemas financeiros e não conseguiu obter o apoio de
industriais por querer manter secreta a parte fundamental do seu
processo. Após um incêndio no seu diorama a 8 de Março de 1839, ficou acordado uma pensão anual de 4.000 Francos para Daguerre e Isidore Niépce (herdeiro de Joseph Nicéphore Niépce) acrescidos de mais 2.000 Francos para Daguerre pelos "segredos do diorama".
Daguerre ficou implicitamente reconhecido como o pai do daguerreótipo
apesar de conflitos posteriores com Isidore Niépce que representava os
interesses do pai. Tendo sido a 19 de Agosto de 1839 que, no Instituto
de França, foi anunciado ao mundo um novo processo, o dageurreotipo
tendo sido posteriormente vendido ao governo francês.