Camisinhas devem ser distribuidas em escolas?

15:14 emarinho12 0 Comments


Na volta das férias, seis colégios brasileiros vão instalar máquinas distribuidoras de preservativos. Essa iniciativa do Ministério da Saúde visa ampliar o acesso dos jovens à camisinha, evitando doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e gravidezes indesejadas. Mas será que a escola é lgar para isso?

Sim

Em média, brasileiras perdem a virgindade aos 16,5 anos. Os garotos estreiam mais cedo ainda, aos 15 anos! Jovens dessa faixa etária passam boa parte do tempo dentro do colégio. Por isso, para aumentar o acesso aos preservativos, o lugar de distribuição mais efetivo é a escola. Como os adolescentes vão transar de qualquer forma, melhor que estejam protegidos.
Mesmo com a distribuição gratuida em postos de saúde, muitos jovens ainda fazem sexo sem proteção - na primeira vez, um terço dos adolescentes brasileiros não usa preservativo! Jovens sem dinheiro para comprar camisinhas ou coragem para ir até o posto podem se proteger com preservativos retirados na escola.
Para Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, "educação sexual não é função exclusiva dos pais: a escola é parceira deles no processo educacional". Por isso, o colégio deve oferecer uma formação completa ao aluno, com direiti à instrução sobre sexualidade e ao fornecimento do preservativo.
Segundo pesquisa da Unesco, encomendada pelo governo brasileiro, o principal motivo alegado por 42,7% dos estudantes para nãi usar camisinha é não tê-la na hora H. Além disso, 9,7% deles dizem não ter como comprá-las. Distribuindo preservativos aos alunos, a escola evita que eles fação sexo sem segurança e ensina que é melhor prevenir do que remediar.

Não

A iniciação sexual dos brasileiros é precoce. Nos EUA, a primeira relação rola, em média, dois anos mais tarde do que no Brasil. Facilitar o acesso ao preservativo diminuiria a idade da primeira vez. A falta de maturidade dos jovens aumentaria a probabilidade de casos de gravidez não planejada e doenças sexualmente transmissíveis.
O ambiente educacional é ideal para que os alunos discutam o uso de preservativos, mas não necessariamente para recebê-los. O formnecimento de camisinhas já é feito em outros lugares, como unidades de saúde, postos médicos e hospitais. Entre janeiro e agosto de 2010, cerca de 239 milhões de camisinhas foram distribuídas em todo o Brasil.
Fornecer camisinhas do colégio banaliza o ato sexual. "A prsença do preservativo nas escolas incentiva jovens ainda imaturos e em fase de formação a fazer sexo sem consideração pela afetividade tão necessária em uma relação", afirma o cônego Antônio Aparecido Pereira, da Arquidiocese de São Paulo.
A dificudade dos jovens para obter camisinhas não acontece por má distribuição e nem falta de informação. A inibição dos pais e até dos prórpios alunos para falar de sexo é o verdadeiro problema. O fato de preservativos estarem disponíveis nas escolas diminui a importância do debate familiare pode aumentar o tabu sobre o assunto

0 comentários: