Brasileiros vão aos EUA participar de torneio de luta entre robôs
Versão do robô touro (à dir.), da RioBotz, em evento
realizado em 2010 (Foto: Divulgação)
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Em 2020, com o boxe entre humanos proibido, robôs entram no ringue e
lutam para entreter o público. O tema do filme "Gigantes de Aço", que
estreia no Brasil em 21 de outubro e tem Hugh Jackman como astro,
destaca batalhas robóticas que, embora mais simples que as da ficção, já
acontecem no presente. E uma equipe de brasileiros se destaca no
cenário de luta entre robôs.
O time RioBotz,
da PUC-Rio, atual tricampeão mundial na categoria "Feather", com robôs
que pesam pouco mais de 13 kg (ou 30 libras, na medida oficial da
competição), participará no final de outubro do sexto torneio anual
ComBots Cup Robot ComBat Championship. O evento será nos dias 29 e 30 de
outubro em San Mateo, na Califórnia.
A equipe brasileira foi formada em 2003 e é coordenada pelo professor
Marco Antônio Meggiolaro, do Departamento de Engenharia Mecânica da
PUC-Rio.
No torneio, a equipe carioca composta por 16 pessoas irá apresentar sua
máquina mais potente, o Touro Maximus, que pesa 220 libras, ou
aproximadamente 100 kg. Ele não possui o formato humanoide, como no
filme. Ele tem um formato achatado que lembra robô-aspirador, mas
apresenta em sua parte frontal um tambor cilíndrico com uma lâmina de
aço que gira a 8 mil rotações por minuto. O impacto atira a máquina
adversária para longe, o que exige uma jaula preparada para a
competição.
Filme 'Gigantes de Aço' mostra como serão lutas entre robôs no futuro (Foto: Divulgação) |
"Estamos desenvolvendo o robô desde o final de maio. São três, quatro
meses de preparação", conta Hugo Tristão, 21, integrante da equipe e
estudante do sexto semestre de engenharia de controle e automação. "Nos
robôs, usamos materiais como titânio, aço de alta resistência, alumínio
aeronáutico". A expectativa da equipe é ficar entre os três melhores da
competição.
A equipe competirá nas seis categorias do torneio, divididas por peso, de 1 libra (cerca de 500 gramas) a 220 libras.
Tristão diz que os materiais utilizados na fabricação dos robôs são
importados. "Falta incentivo do governo. Não há nenhuma indústria grande
de produção de eletrônicos aqui", diz o estudante.
Após as competições no exterior, o fato de a robótica não ser difundida
no Brasil causa algumas saias justas para a equipe na volta país.
"Voltamos todos com a camiseta da equipe e explicamos para a Polícia
Federal que o que trazemos são robôs. Mas já tivemos que montá-los e
mostrar seu funcionamento para sermos liberados no aeroporto".
Preparação para o torneio
Antes de embarcar para os EUA, a equipe RioBotz participará que um campeonato nacional de robótica em Itajubá, Minas Gerais, chamado de Winter Challenge, que também servirá de treinamento.
Antes de embarcar para os EUA, a equipe RioBotz participará que um campeonato nacional de robótica em Itajubá, Minas Gerais, chamado de Winter Challenge, que também servirá de treinamento.
"Aqui no país há muita rivalidade e o nível é alto", afirma Tristão.
"Mas o limite de peso dos robôs é de 120 libras [54 quilos] porque não
há arena com grande resistência". O impacto de um robô com 100 quilos
atirado por outro robô adversário, segundo o estudante, equivale a uma
sequência de 25 tiros de fuzil.
Equipe RioBotz, recebendo prêmio no Winter Challenge em 2010 (Foto: Divulgação) |
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