Por que xingamos nossos computadores, celulares e outros gadgets eletrônicos
O  computador para de responder ou fecha inesperadamente seu trabalho  não  salvo. O iPod desenvolve um gosto musical próprio e ignora suas   playlists. O celular para de funcionar quando você mais precisa. Quase   todo mundo conhece a sensação de que os gadgets às vezes conspiram   contra nós. E a reação? Geralmente é xingar, bater, jogar na parede…
 Um  artigo na Psycology Today  mostrou que isso não é nenhuma loucura aleatória: a tendência de  projetarmos  emoções humanas em gadgets tecnológicos não só é muito  comum (uma pesquisa   mostrou que 79% das pessoas já fizeram isso), como  também tem um   propósito específico relacionado à necessidade de   entender, prever e controlar o mundo ao nosso redor. Afinal, ninguém   curte muito a ideia de perder o controle sobre as coisas. Quando isso   acontece com nossos gadgets, começamos a procurar estímulos ou situações  que nos ajudem a restaurar nossa sensação de estar no comando.
  Em uma série de experimentos da Universidade de Chicago, o doutorando  em Psicologia Social Adam Waytz e seus colegas descobriram que as  pessoas tendem a antropomorfizar mais seus gadgets eletrônicos à medida  que sua necessidade ou desejo de controlar as coisas aumenta.  Por  exemplo, em um dos estudos, eles descobriram que os voluntários estavam  mais propensos a atribuir personalidade a gadgets imprevisíveis, que  ameaçavam essa sensação de poder. Isso explica por que costumamos xingar   nosso computador quando ele não faz o que queremos que faça, mas não   costumamos elogiá-lo quando funciona direitinho. Nós esperamos que ele   obedeça aos nossos comandos e, quando não faz isso, nos sentimos  impotentes. Aí, a resposta é xingar muito no Twitter.
Em uma série de experimentos da Universidade de Chicago, o doutorando  em Psicologia Social Adam Waytz e seus colegas descobriram que as  pessoas tendem a antropomorfizar mais seus gadgets eletrônicos à medida  que sua necessidade ou desejo de controlar as coisas aumenta.  Por  exemplo, em um dos estudos, eles descobriram que os voluntários estavam  mais propensos a atribuir personalidade a gadgets imprevisíveis, que  ameaçavam essa sensação de poder. Isso explica por que costumamos xingar   nosso computador quando ele não faz o que queremos que faça, mas não   costumamos elogiá-lo quando funciona direitinho. Nós esperamos que ele   obedeça aos nossos comandos e, quando não faz isso, nos sentimos  impotentes. Aí, a resposta é xingar muito no Twitter.Em outro estudo, metade dos voluntários deveriam assistir ao vídeo   de um robô e tentar prever a suas ações. Cada resposta correta renderia   um bônus. A outra metade só deveria assistir, sem nenhuma pressão. No   fim, o primeiro grupo mostrou uma tendência maior de descrever o robô   como tendo suas próprias intenções, desejos e pensamentos. Dá para   entender o porquê: eles queriam ter o controle da situação para que   pudessem receber o prêmio.
 Resumindo:  quando xingamos, normalmente atribuímos consciência e  personalidade ao  gadget e jogamos a culpa nele. Algo como “Ainda tenho o  controle da  minha vida. O único problema é que essa joça tem vontade  própria, então  realmente não posso fazer nada”. No entanto,  o buraco é  mais embaixo. A  pesquisa mostrou que isso geralmente acontece quando  nos sentimos  impotentes em relação à nossa vida – ou, pelo menos, à  situação que  estamos vivenciando.  Então, da próxima vez que começar a  xingar seu laptop achando que ele  está de sacanagem, seria bom parar  para pensar. O problema pode estar em  você, não nele.


 
 
 
 
 
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