Talvez o maior triunfo para um novo game acontece quando ele abarca o título de criador e disseminador de um gênero. No caso de "Diablo", foi um subgênero. Mas o feito não é menor em importância: imagine que a mecânica de cliques rápidos nas batalhas foram utilizadas pela primeira vez em um RPG com o lançamento de "Diablo". Depois dele, pilhas e pilhas de título empregaram e refinaram a nova técnica. Claro, o difícil é realizar a façanha com o mesmo carisma que a própria Blizzard, desenvolvedora do jogo original. Assim, construtor de sua própria lenda - na indústria de games e dentro de seu universo de narrativas - "Diablo" deve chegar ainda este ano para os PCs, e incitar os jogadores a afrontar forças demoníacas mais uma vez.

Claro, mesmo que o game se mantenha como um RPG de ação - em que você transcorre fases para ganhar níveis, enfrentar hordas de monstros, e desvendar a história - também deve sofrer transformações, como uma progressão deve ser. Entre aquilo que permanece, está a estrutura de roteiro em formatos de atos, em que o jogador é convidado há afundar-se cada vez mais no Inferno. No universo mitológico de Sanctuary, seres demoníacos como Baal, Mephisto e Diablo foram derrotados há 20 anos. Os aventureiros que sobreviveram para falar o conto, porém, enlouqueceram. E quando o artefato que protege o mundo contra os malefícios antigos é destruído, novos heróis devem aceitar o desafio.

Para tal, jogadores podem escolher o gênero do protagonista, e uma das cinco classes disponíveis: Barbarian, Demon Hunter, Monk, Witch Doctor e Wizard. A grande diversão, no entanto, não são somente as alterações e habilidades de cada classe, mas a possibilidade de embarcar em um game totalmente 3D.

A evolução gráfica deve ser intensa, já que "Diablo II" foi lançado há mais de dez anos. Mas a perspectiva continua a mesma: nesta visão, o jogador acompanha o cenário, e os movimentos de um ângulo acima, e não possível girar a câmera. Alguns gamers mais conhecedores da franquia, contudo, chegaram a acusar da Blizzard de criar um game muito colorido, em confronto com a atmosfera mais sóbria usada nos títulos anteriores. Porém, também vale atentar à grandiosidade do desenvolvimento, já que "Diablo III" deve rodar completamente sem telas de loading. Isso sem falar no número de inimigos, que deve ser mais variado e bem interessante, e dos chefões gigantes.

GRUPO MAIS FESTIVO

Em termos de jogabilidade, a familiaridade e a simplicidade de controles seguem como prioridades para o novo título, que deve estender seus recursos para agradar a um público que prefere jogar conectado. Isto deve ocorrer deste as instâncias mais básicas - será possível conectar-se a um grupo a qualquer momento -, até atingir cada detalhe da produção.

Por exemplo: os escudos brilharão para demonstrar mais claramente o dano sofrido, os itens serão distribuídos individualmente para cada jogador, e o jogo oferecerá um sistema de troca entre personagens. Ademais, "Diablo III" ainda contará com três níveis de dificuldade; no modo mais insano, o personagem não pode morrer nenhuma vez, não há continues.

Quem joga "Diablo" sabe que existe uma linha fina entre as produções estipuladas pela equipe de desenvolvimento e áreas que são criadas de maneira aleatória. No terceiro jogo da série, também existirá dungeons aleatórias, mas a novidade é que todos os mapas serão predefinidos pela Blizzard, assim como existiram arenas específicas para PvP. As missões que não são diretamente ligadas ao avanço da narrativa também ganharão caráter mais fortuito - assim como você viu em "Red Dead Redemption", mas aqui tudo está ligado a cultos satânicos e outros temas diabólicos.

STAY AND LISTEN

E como ajuntamento parece ser a nova palavra de ordem de "Diablo", ainda existe um outro grupo o qual o jogador deve criar um bom relacionamento: os artesãos. Eles prestarão serviços como venda de armas e armaduras, pergaminhos mágicos, runas de habilidade, amuletos e afins. O jogador deve ganhar a lealdade destes artífices, que seguem em caravana atrás dos protagonistas. O melhor? Dekard Cain está de volta! "Hello, my friend. Stay awhile and listen..."

Com o emblema de "estará pronto quando ficar pronto", "Diablo III" é um dos games mais aguardados dos últimos anos. Especulações às parte: esqueletos, sangue, chamas e progressão de RPG são cousas que esta repórter nunca renega, ou blasfema.

CLASSES DE DIABLO III

Barbarian - Este centro de testosterona (mesmo para a personagem feminina) é um dos ferozes guaridões do Mount Arreat, e conhecido de quem já travou batalhas em outros games da franquia. Um pouco mais maduro nas imagens de referência, o Barbarian ainda é aquele personagem que se foca nos atributos físicos, e conta com um escudo que serve para proteger e desarmar oponentes, sem falar em uma habilidade que pode criar um furacão, quando está cercado.

Demon Hunter - No vídeo, foi retratada como uma bela e ágil assassina (mas também ter uma versão masculina), é uma classe especializada em armas e ataques de longo alcance. Vai requerer muita habilidade dos jogadores para desviarem dos ataques, enquanto atacam insanamente. Por outro lado, possui aptidão para boicotar os monstros, e traz ao game um pouco mais de rapidez.

Monk - Fez uma desaparição no segundo jogo da franquia, mas está de volta em "Diablo III". Por conta de suas atribuições mais místicas e pela sua crença religiosa, arma-se somente de um cajado, que usa para lancinar os golpes dos adversários com fervor, apesar de preferir atacar com as próprias mãos. Também é proficiente em ataques corpo-a-corpo de velocidade e destreza.

Witch Doctor - No universo de "Diablo", os witch doctors são guerreiros da raça Umbaru, provindos de uma tribo legendária, chamada de Five Hills. A classe tem um apelo mais xamãnico em sua aparência, também deve abusar deste conhecimento na hora do combate. É versado em magias e poder alquímicos; assim, pode controlar inimigos, invocar monstros (até mesmo um exército de mortos-vivos).

Wizard - Como todos os magos que você está acostumado, esta classe pode manipular os elementos da natureza (fogo, ar, vento, relâmpagos) e colocá-los em uso em meio à peleja. Suas magias servirão npara ataque e defesa.

BESTIÁRIO

Conheça alguns dos inimigos que você enfrentará em "Diablo III":

The Fallen Ones - Em suas formas originais, este demônios foram uma ferramenta importante na guerra entre os dois monstros Azmodan e Diablo. Azmodan utilizou-os como parte de um grande esquema. O demônio pretendia tornar-se mais poderoso na hierarquia do Inferno. Porém, como seu antigo mestre perdeu a batalha, e ainda culpou-os pelo seu fracasso, os Fallen Ones foram transformados em criaturinhas pequenas, degradadas e ridículas.

Unburied - Em corpos desfigurados e geralmente encontrados perto de cemitérios ou áreas mais sombrias, principalmente quando muitas pessoas foram assassinadas. Estes monstros se alimentam do sofrimento humano. Sempre que muitos corpos são jogados a esmo em algum local, sem um enterro apropriado, estes podem ressurgir como este tipo de demônio, completamente retorcidos. Isto é, eles funcionam como uma metáfora para o tratamento dado às pessoas ainda em vida.

Esqueletos - Um dia, eles foram humanos. Apesar de não terem se envolvido com nenhum tipo de arte negra em vida, algum mago ou divindade fez com que levantassem dos seus túmulos. Assim, eles não tem consciência, ou humanidade. Por isso, não é de ser imaginar que não são os tipos mais inteligentes, mas podem se tornar um problema sério por conta dos seus números avantajados, e de seu único impulso: destruir o que estiver pela frente. Sempre que encontrar um esqueleto, pode ter certeza que mais alguns vagueiam pelo terreno.

Khazra - São homens-bode, mudados, mas que um dia habitantes naturais do mundo de Diablo. Alguns estudos vão ainda mais a fundo, e afirmam que estes bichos já foram humanos um dia. Mais especificamente, uma das tribos dos Umbarus que utilizaram de acordos e poderes demoníacos para se prepararem para batalhas, e assim, transformaram-se. Hoje em dia, estes laços mágicos foram quebrados, o poder dos demônios já não corre mais em seus veias, e os Khazra ficaram enfraquecidos.

Gnarled Walkers - Árvores que tem vida, e podem andar. São plantas demoníacas que possuem habilidades animalescas. Diferentemente de certas árvores que você pode conhecer (a referência aqui são os Ents do Senhor dos Anéis), os Gnarled não são pastores, ou plantas que parecem ter adquirido uma faceta mais humana. Em Diablo III, parecem bípedes com constituição de maneira, sem alma ou mente. Por isso, ao encontrar, não pare para conversar com uma delas.

Dark Cultists - São magos humanos, e tem lá sua similaridade com os Beserkers - homens encapuzados adoradores de demônios. Apesar de poderem manipular os elementos e invocar demônios um tanto preocupantes, os Cultists são fisicamente fracos. A melhor estratégia e exterminar o bando antes que eles possam fazer estragos reais. Podem ser vistos nas profundezas das florestas a realizar experimentos macabros.


FICHA TÉCNICA

Plataformas: PC

Desenvolvedora: Blizzard Entertainment

Editora: Blizzard Entertainment

Lançamento: Final de 2011