Empresa registra aumento de 472% no número de vírus para Android
Android é a plataforma móvel mais atacada por pragas digitais (Foto: Reprodução) |
A empresa de tecnologia de redes e segurança Juniper Networks afirma ter registrado um aumento de 472% no número de vírus para Android desde julho de 2011. Com isso, o Android torna-se a plataforma de smartphones mais atacada por pragas digitais.
A Juniper atribui o aumento à facilidade com que um criador de vírus
pode distribuir um programa malicioso. “Parece que tudo que você precisa
é uma conta que de desenvolvedor, que pode ser anônima, mais US$ 25, e
você já pode postar seus aplicativos”, afirmou a empresa no relatório.
Diferentemente da Apple, o Google não exige que os softwares no Android sejam verificados e tenham uma assinatura digital.
Os vírus também estariam ficando mais sofisticados. Muitos deles
conseguem obter o acesso total (chamado de “root”) no celular após a
infecção. O acesso privilegiado permite que o aplicativo instale outros
componentes e se mantenha no telefone. Isso só é possível devido a
vulnerabilidades na plataforma Android, que não tem recebido
atualizações de segurança por parte de todos os fabricantes.
A Juniper observou que a maior parte dos vírus para Android – 55% – são
espiões criados para roubar dados dos aparelhos, como contatos,
localização. Outro ataque muito comum é o trojan de SMS, que compõe 44%
dos ataques. Essas pragas enviam automaticamente torpedos SMS para
números “premium”, aumentando a conta do celular e permitindo que os criminosos ganhem dinheiro.
Comparação com o iPhone
Até hoje nenhuma empresa afirmou ter encontrado um vírus para iPhones que não dependesse do desbloqueio “jailbreak” – que permite executar qualquer aplicativo, mesmo os que não foram autorizados pela Apple.
Até hoje nenhuma empresa afirmou ter encontrado um vírus para iPhones que não dependesse do desbloqueio “jailbreak” – que permite executar qualquer aplicativo, mesmo os que não foram autorizados pela Apple.
Na semana passada o pesquisador de segurança Charlie Miller conseguiu passar pelo processo de verificação da Apple,
mostrando a possibilidade teórica de inclusão de vírus na plataforma.
Miller foi banido do programa de desenvolvedores da empresa.
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